A medicina tem contado cada vez mais ao longo das últimas décadas com o auxílio da tecnologia para o diagnóstico, acompanhamento e até mesmo tratamento de diversas doenças.
Um dos segmentos tecnológicos mais utilizados no diagnóstico é o chamado “imageamento digital de imagens médicas”, que consiste na obtenção de imagens do corpo humano com altíssima qualidade de resolução (detalhamento da imagem), manipuláveis computacionalmente. Essa tecnologia permite uma visão tridimensional (3D) ou até mesmo quadridimensional (4D) do corpo humano, e o melhor, por meio de um procedimento pouco ou praticamente não invasivo.
Entre os principais tipos de imagens digitais utilizados na detecção do câncer de mama estão a mamografia, que basicamente consiste em um exame de raio X das mamas, e a ressonância magnética, utilizada em casos mais específicos, que necessitam da captação mais detalhada de imagens.
Atualmente estão mais facilmente disponíveis mamógrafos digitais, isto é, equipamentos que já obtêm uma radiografia digital da mama sem a necessidade de “impressão” em filmes radiográficos (popularmente chamada de “chapa”), o que aumenta muito a qualidade das imagens obtidas e, consequentemente, a precisão do diagnóstico médico.
Além da qualidade tecnológica dos equipamentos, a medicina pode contar ainda com uma série de sistemas de informação. Por meio de algoritmos direcionados ao auxílio computacional ao diagnóstico médico, os chamados sistemas CAD (Computer Aided-Diagnosis) têm a capacidade de “enxergar” computacionalmente aquilo que pode ser mascarado aos olhos humanos pelos diferentes tecidos que compõem o nosso corpo, como é o caso das microcalcificações mamárias, indício inicial de alterações na mama que podem indicar sinais precoces de câncer. Vale lembrar que, nessa batalha, o diagnóstico precoce é fundamental para o aumento da sobrevida dos pacientes.
Estamos no Outubro Rosa, mês em que se destaca a atenção direcionada ao combate ao câncer de mama, doença responsável pelo maior percentual de mortandade entre os cânceres que atingem o público feminino, motivo pelo qual deve ser encarado com muita seriedade.
Faça o autoexame, atente-se a qualquer tipo de eventual alteração na mama e, claro, busque o seu médico, seu melhor aliado nessa batalha.
Prof. Dr. Evanivaldo C. Silva Júnior
Docente e Diretor da Faculdade de Tecnologia Professor José Camargo- Fatec Jales
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