Recentemente fomos surpreendidos pela notícia de que a empresa Neuralink, do multimilionário Elon Musk, realizou o primeiro implante de seu chip Neuralink no cérebro humano, no dia 28 de janeiro.
O objetivo do chip é tratar doenças ligadas a dificuldades motoras causadas por lesão na medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica. A empresa garante que o paciente implantado passa bem e começa a demonstrar os primeiros resultados.
Segundo a empresa, a autorização para testes em humanos foi recebida em setembro de 2023 e, desde então, foram recrutados vários voluntários para o teste. Ela ainda explica que o implante do chip é realizado por um robô, que introduz o dispositivo no cérebro de forma milimétrica na região responsável por controlar a intenção do movimento. Nesse primeiro teste, a empresa pretende avaliar a segurança do implante e do próprio robô que realiza o procedimento cirúrgico.
O próprio Elon Musk admite que tem ambições de fazer com que os pacientes consigam interagir com um computador ou smartphone com apenas a força da mente e que pretende ainda, futuramente, tratar doenças como obesidade, transtorno do espectro autista, depressão e esquizofrenia. De acordo com especialistas na área, levará mais de uma década para que o uso do chip entre em uso comercial após a aprovação pelos órgãos regulamentadores.
Uma coisa é fato: estamos a poucos anos de ver o uso de chips para o tratamento de doenças. Mas, nesse contexto, surge uma pergunta que não quer calar: esse uso será destinado somente ao controle de problemas relacionados à saúde ou será expandido para outros campos, como do conhecimento? Esse dispositivo pode vir a facilitar o aprendizado do ser humano por meio de “download” de conhecimento e reduzir, assim, o processo de formação profissional. Ou, ainda, contribuir para o ramo da comunicação, permitindo que as pessoas se comuniquem somente pela mente.
Realmente, não é possível prevermos para onde a evolução está nos levando, mas uma coisa é certa: é impossível negarmos esse futuro.
Prof. Me. Welington Luis Codinhoto Garcia
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