Diante das transformações digitais em um contexto de crise e incerteza, as empresas precisam mitigar riscos como forma de aumentar as chances de sucesso. Para isso, adotar uma mentalidade orientada por dados não é apenas importante, é crucial- é a chave para navegar nessas mudanças com confiança e preparação.
Com um grande volume de dados, os algoritmos de machine learning permitem a comparação não apenas das transformações realizadas pela empresa, mas também um paralelo histórico com concorrentes ou empresas-modelo – benchmarcking. No entanto, ter resultados excepcionais de IA, uma estratégia maravilhosa, não é suficiente. A urgência está na necessidade de líderes e gestores se adaptarem às mudanças necessárias, para assumirem a responsabilidade de impulsionar essas transformações.
Um exemplo disso pode ser visto no caso da Southwest Airlines. A empresa não demonstra estar no ramo de companhias aéreas, mas no ramo de transporte de cargas e passageiros, sendo o avião um meio para atingir esses objetivos. Várias empresas tentaram copiar o modelo estratégico, mas acabaram se perdendo no caminho e gerando prejuízos justamente por não mudarem sua mentalidade.
Para auxiliar os gestores nessas transformações, a BCG (Boston Consulting Group) criou uma estrutura chamada DICE (duração, integridade, comprometimento e esforço). A duração representa o tempo total dos projetos ou o tempo entre o fim de um projeto e o início de outro — analisando o desempenho da equipe durante esse período. A integridade representa a capacidade das equipes de executar um projeto com sucesso. O comprometimento mostra o quanto os gestores e executivos ajudam seus subordinados quando eles precisam, conforme as mudanças estão ocorrendo. Por fim, o esforço representa as iniciativas de todos que foram executadas durante o projeto.
Tais ações devem ser acompanhadas constantemente por KPIs, alterações sempre que necessárias para a otimização dos processos, se possível, implementação de uma cultura orientada a dados para predição de demandas e afins e sempre com muita ação por parte de todos os colaboradores. A revolução digital força as empresas a abandonar velhos hábitos e modelos organizacionais; caso contrário, o declínio será inevitável. Isso não significa que seja simples ou fácil de fazer, mas com auxílio das tecnologias atuais, grandes volumes de dados e utilização de inteligência artificial como meio, e não fim, as empresas estarão em um caminho mais concreto para resultados melhores.
Prof. Me. Emerson Aparecido Mouco Junior - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.