Em vários artigos apresentados nesta coluna, trouxemos novidades do mundo da tecnologia, as quais, na maioria das vezes, foram concebidas com o objetivo de trazer melhor qualidade de vida aos mais variados setores da vida humana. Entretanto, fazendo uma alusão à obra Star Wars, produzida e dirigida por George Lucas, existe um lado negro, relativamente oculto, em algumas dessas tecnologias.
Já mencionamos os potenciais perigos que a Inteligência Artificial (IA) podem gerar à espécie humana, como a submissão aos critérios autonomamente “criados” por esses algoritmos. Essa eventual autonomia, aliada à chamada Internet das Coisas (vários tipos de equipamentos eletrônicos conectados pela internet, como fogões, geladeiras, portões, carros, etc.), pode nos expor a um certo “controle” por essa inteligência. Em um mundo cada vez mais dependente da internet, algo que possa “controlá-la” certamente representa um perigo. Pessimismo, exagero, “viagem na maionese”, talvez.
Outro problema gerado pela tecnologia diz respeito ao desemprego. Você certamente já ligou para algum serviço de atendimento ao consumidor (SAC) e ouviu uma voz agradável, identicamente humana e jovial atendendo, correto? Hoje, em uma boa parte das empresa, essa voz é “falada” por um robô, algoritmo preparado para atender e até, quem sabe, resolver, com uma boa dose de paciência, o seu problema. Os robôs também já ocupam vários postos de trabalho em indústrias pesadas, como a automobilística, sendo a necessidade de humanos nesses ambientes cada vez menor.
Os caixas eletrônicos também estão substituindo grande parte dos funcionários nas agências bancárias desde a década de 1990. Hoje, aliás, em boa parte das operações, não são nem necessárias as próprias máquinas eletrônicas, pois podemos executar praticamente todas as operações pelos aplicativos bancários (HomeBank) disponíveis para computadores e aparelhos celulares.
Os telefones móveis também estão cada vez mais dotados de algoritmos de IA que mapeiam as nossas necessidades, sabem os principais sites que visitamos, ou que queremos visitar, selecionam até os produtos que normalmente buscamos e auxiliam-nos quanto a endereços, últimos lugares visitados, pessoas com quem conversamos, etc. É como se tivéssemos um secretário, um guia e um amigo “portátil”, tudo em um!
Essas questões abordadas levam-nos a reflexões, que devem estar cada vez mais presentes em nossas vidas nos próximos anos. Não estamos criando uma dependência excessiva desses sistemas? Não podemos simplesmente ignorar os fatos, pois outras consequências poderão ser graves.
Nos filmes, o lado bom da força sempre vence e a raça humana mantém sua hegemonia no universo. E na vida real?