A luta pelos direitos iguais entre homens e mulheres na área de Tecnologia da Informação (TI) vem tomando voz a cada dia, visto que, infelizmente, ainda existe um enorme preconceito contra as garotas de TI. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do IBGE, hoje apenas 15% dos alunos de Ciências da Computação e Engenharia são mulheres. No mercado de trabalho, a baixa representatividade feminina se repete no setor, com apenas 20% de mulheres. Por ser uma área dominada por homens, elas frequentemente são vistas como incapazes de exercer um cargo tecnológico ou sem condições de acompanhar um curso de computação até o fim.
O que poucos sabem é que sempre existiram mulheres com importantes contribuições para a computação, desde o século passado. Ada Augusta King, mais conhecida como Ada Lovelace, se tornou a primeira programadora da história ao acrescentar algoritmos para funcionamento de uma máquina mecânica em 1842. Mary Kenneth Keller, freira, foi a primeira mulher da história a conseguir um doutorado em Ciência da Computação. O primeiro homem a pisar na lua foi o astronauta Neil Armstrong, mas poucos sabem que uma mulher contribuiu significativamente para que isso se tornasse possível: Margareth Hamilton, cientista da computação e engenheira de software, foi a responsável por criar o programa de voo utilizado na Apollo 11 (a primeira missão tripulada à Lua). Enfim, a lista de mulheres que marcaram uma geração é extensa, e elas são grandes exemplos para outras continuarem seus legados.
Felizmente, no mercado de trabalho, muitas empresas vêm mudando seu olhar e buscando inovações em seus projetos, com o objetivo de incorporar mulheres em ciência e tecnologia. No dia 04 de abril, a Samsung, corporação transnacional que atua em diversos ramos da área tecnológica, apresentou seu mais novo projeto: uma série documental Tech Girls, que reúne histórias de mulheres que lutam por reconhecimento no mundo da tecnologia, ciência, games e empreendedorismo. A empresa pretende chamar a atenção do público e mostrar a luta diária das mulheres da TI.
A série se divide em três episódios: “Cientistas Brilhantes, “Garotas Gamers” e “Mulheres Empreendedoras”. Todos os episódios abordam mulheres que sofreram e sofrem preconceitos em suas áreas e mostram como conseguiram superar os desafios para se tornarem grandes nomes no ramo que exercem. Os vídeos do projeto seguem todos alinhados ao novo posicionamento global da marca “Do What You Can’t” (Faça o que você não pode). Segundo Andréa Mello, diretora de Marketing Corporativo e de Consumer Eletronics da Samsung Brasil, ao contar histórias de mulheres inspiradoras, a marca pretende sensibilizar a população e engajar a todos para que possam acreditar no potencial humano.
Historicamente, as mulheres sempre foram reservadas para as tarefas domésticas, por se basear na figura materna de cuidados com a família. Hoje, elas levantam voz e mudam totalmente a forma de vida, lutando pela igualdade dos seus direitos, seja no ambiente de trabalho, nas divisões das tarefas domésticas, na maternidade, entre outros aspectos sociais. A mulher busca a igualdade de direitos e, cada vez mais, empodera-se para ter seu papel valorizado na sociedade.
Portanto, nós mulheres devemos sempre ser aquilo que queremos e podemos ser, quebrando paradigmas, seja em áreas dominadas por homens ou não, e mostrar o quão capazes somos para exercer qualquer profissão.
Lais Maria Pereira de Souza
Discente do 4º Sem. do Curso Superior em Tecnologia em Sistemas para Internet (Noturno)