Agricultura 4.0 chegou aos campos para fazer a diferença, transformando os trabalhos que antes eram complexos e demorados em atividades mais simples de execução. Antes de 1850, usavam-se somente ferramentas manuais para fazer um plantio, preparar uma terra, fazer uma colheita, atividades que demoravam muito. Na atualidade, as plantações de milhões de hectares podem ser monitoradas por meio de smartphones, tablets e computadores, o que levou a uma nova geração de agricultores, ávidos por tecnologias capazes de rentabilizar cada vez mais os seus negócios.
É visível que os impactos causados pela inteligência artificial e machine learning(aprendizado de máquina) já estão presentes no setor agrícola. Essa inovação visa poupar tempo e recursos e executar determinadas tarefas com precisão incrível. Um exemplo são os sistemas de irrigação automatizados, que reduzem o custo da produção de vegetais, enquanto aumentam a produção média e diminuem os impactos ambientais.
Cotonicultores do Mato Grosso do Sul, em trabalho conjunto com técnicos do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), estudam formas sustentáveis para o manejo do algodão. Uma das tecnologias para esse fim é o drone. Aliado a sensores infravermelhos, ele capta imagens aéreas hiperespectrais e multiespectrais em alta resolução para analisar a lavoura. As imagens são processadas para identificar com maior precisão a existência de pragas, problemas no solo, entre outros. Por essas pesquisas, é possível entender por que algumas propriedades produzem de modo desigual, e, ao compreender essas variabilidades, é possível adotar medidas que extraiam da região, de forma sustentável, o máximo de produtividade.
Diversas instituições estão contribuindo para otimizar a agricultura, de diversas formas. Como o clima afeta todas as etapas do desenvolvimento das culturas, os resultados no campo estão intimamente ligados a ele. Por isso, a coleta dos dados meteorológicos é muito valiosa para a atividade agrícola. Nesse contexto, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um sistema de informações chamado Agritempo, disponibilizado tanto em versão web quanto em aplicativo para ser instalado em dispositivos móveis com sistema Android. Um dos recursos do sistema é o fornecimento de dados para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) — ferramenta de gestão de riscos na agricultura. O objetivo é reduzir ameaças referentes às perdas da produção devido a fenômenos climáticos. Além disso, com os dados, é possível que cada cidade identifique o melhor período para plantar as culturas, conforme os tipos de solo e o ciclo dos cultivares.
Tais exemplos nos permitem afirmar que os benefícios trazidos pela tecnologia na agricultura 4.0 são indiscutíveis, já que oferecem muitas vantagens ao produtor rural, gerando resultados por meio do uso de tecnologias que possibilitam inúmeras atividades, como acompanhar em tempo real tudo o que acontece na plantação. Portanto, aderir à tecnologia na agricultura é garantia de menos perdas, maior precisão, aumento de produção, decisões assertivas, maior eficiência, entre outros benefícios. Ela é um caminho sendo trilhado e sem volta.
Nomes: Gabriel da Silva Santos e Gislaine Ramos
Estudantes do 3º semestre do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Fatec Professor José Camargo - Fatec Jales