É no universo on-line que encontramos uma gama imensurável de programas úteis disponíveis para a educação, e, se assumimos um ensino por competências, apropriamo-nos de responsabilidades na escolha de nossas práticas, o que inclui, hoje, o uso deles. Isso nos remete diretamente à formação dos professores, que necessitam se apropriar de habilidades técnicas para usar de maneira adequada e competente as ferramentas que facilitam o processo de ensino/aprendizagem.
A tecnologia traz em seu bojo ferramentas que permitem criar aulas mais interativas e inovadoras, que colocam o aluno como protagonista desse processo, motivando-o a participar ativamente das aulas. Na esteira de Chaves (2006, p.41), “a internet tornou-se, em poucos anos, o maior repositório de informações e conhecimentos possíveis – uma hiper-mega-super-biblioteca”, trazendo importantes contribuições para a educação.
O Kahoot, por exemplo, é uma plataforma educacional baseada em jogos e perguntas. Por meio dela, os professores podem criar questionários, discussões ou pesquisas que complementam as lições acadêmicas. O material é projetado na sala de aula e as perguntas são respondidas pelos alunos enquanto brincam e aprendem, ao mesmo tempo. Essa maneira lúdica promove a aprendizagem baseada em jogos, o que aumenta o envolvimento dos alunos e cria um ambiente educacional dinâmico, social e divertido.
O Microsoft Teams também pode auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, favorecendo o trabalho a distância. Ele agrupa, remotamente, pessoas, conversas e conteúdo e disponibiliza uma série de ferramentas úteis para as equipes realizarem diferentes atividades, apresentando preocupações básicas para a criação de um espaço digital para se desempenharem. Como exemplo, o bate-papo, um centro de trabalho em equipes, personalização dessas equipes e confiabilidade nos recursos de segurança.
Essas ferramentas nos fazem pensar que o que realmente queremos/precisamos como educadores é aprender, aprender, também, o que o nosso aluno sabe e, durante esse processo, aprender onde eles precisam de suporte extra. Cabe ao professor do século XX, que ainda atua no ensino do século XXI, reinventar-se, qualificar-se profissionalmente, apropriar-se de habilidades técnicas no uso das tecnologias, uma vez que o domínio dos conteúdos é extremamente importante, mas não suficiente, para que não se realize um trabalho de maneira dissociada e disciplinar. É preciso sentir-se responsável pela formação global do aluno.
Assim, é possivel afirmar, após inúmeras leituras e inevitáveis reflexões, que articular o conhecimento empírico, científico e filosófico à competência no uso das tecnologias modernas que estão a serviço da educação contemporânea não é um caminho tranquilo e sereno. É sair da zona de conforto, é buscar alternativas, muitas vezes frustradas, é tentar novamente, é errar, é acertar parcialmente, é se aprimorar. É, acima de tudo, construir recursos que levem ao cumprimento do objetivo primordial da formação profissional de educação com o apoio dos recursos tecnológicos, que significa fazer de forma competente os arranjos necessários para que um não desvalorize o outro e outro o enriqueça.
Prof. Mestre. Carlos Alberto Gonçalves da Silva – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.