Quem nunca teve medo de perder o emprego ou ser substituído pelas tecnologias emergentes como Robôs, Inteligência Artificial (IA) ou pior ainda, a união dessas duas. E falir o seu negócio devido ao mesmo tornar-se obsoleto mediante as novas regras de negócios, quase sempre impulsionadas pelas tecnologias em franco desenvolvimento como o e-commerce apoiados também pela IA e a robótica.
A pergunta que podemos fazer então é: O grande vilão de nosso mundo contemporâneo é a tecnologia?
Eu diria que não é bem assim, afinal a tecnologia tem estado presente na vida humana desde os primórdios da humanidade, proporcionando maior nível de conforto, tanto no sentido da subsistência – alimentação, melhoria na manutenção da saúde, proteção a vida – quanto no aspecto do mercado de trabalho.
Lembremos que na nossa pré-história o papel principal do homem resumia-se a caça, pesca e proteção contra predadores. Às mulheres, proteção dos filhos, geração de muitos filhos, preparo de alimentos e apoio ao extrativismo de alimentos. Ambas as ocupações trabalhistas apresentavam grandes riscos de vida, além de serem relativamente desconfortáveis, inseguras e insalubres.
Com o advento da agropecuária, uma das mais importantes tecnologias criadas pela raça humana, a maioria dos seres humanos voltaram-se ao trabalho do campo que, apesar de mais seguro, continuou durante muito tempo insalubre e desconfortável, afinal o esforço físico despendido exige muita força, suor e sorte de contar com boas colheitas.
Outros ofícios necessários para o conforto humano presentes em uma época posterior – idade antiga e na média – eram os objetos utilizados como vestimentas, mobiliários, carroças e vários outros artefatos que praticamente eram produzidos de forma artesanal o que por consequência tinham alto custo sendo, portanto, não acessíveis a todos.
Mas ai a tecnologia veio novamente para alterar esse cenário apresentando a chamada 1ª Revolução Industrial onde o mercado de trabalho sofreu uma profunda transformação levando o homem do campo para as indústrias, permitindo a produção em série, a popularização de objetivos de consumo com custos bem mais acessíveis.
Chegamos agora a 4ª Revolução, na qual as máquinas devem assumir não apenas o papel de equipamentos necessários a manufatura mas, “seres” que intervém no processo de produção de uma forma cada vez mais “humana”.
Bom, se você até hoje não parou muito para pensar nessas e em outras questões sobre o nosso papel atual e futuro no mundo, mais especificamente no mercado de trabalho, saiba que tem muita gente importante pensando.
A série de artigos que venho propor nessa coluna se baseia em alguns desses estudos que terão como principal objetivo convidá-los a uma profunda reflexão de qual deverá ser o nosso papel nas próximas três décadas. Bem-vindo ao futuro!
Prof. Dr. Evanivaldo C. Silva Júnior
Docente e Diretor da Faculdade de Tecnologia Professor José Camargo - Fatec Jales
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