Trabalho voluntário significa realizar atividades de cunho social sem receber remuneração em troca. Nos últimos anos, de modo ainda muito tímido, deixou de ser apenas uma ação de solidariedade; ele traz, em si, essa magnífica característica, mas também a oportunidade de “capacitar” quem o busca para as tendências e necessidades do mercado, cada vez mais exigente e, na mesma proporção, excludente.
A Lei Federal nº 9608/98 regulamenta o trabalho voluntário. Ela estabelece como serviço voluntário as ações que tenham objetivos científicos, recreativos, culturais, cívicos, educacionais ou assistenciais, ou seja, o voluntariado possui uma gama variada de ramos para escolher onde as habilidades e competências são mais latentes.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018), aproximadamente 7 milhões de brasileiros declaram-se ser voluntários. Embora em crescimento no Brasil, o número corresponde a pouco mais de 4% da população; sem dúvida é pouco explorado, haja vista que, desses dados apresentados, muitas ações são pontuais, ou seja, não há um engajamento mais aprofundado do voluntário nas instituições promotoras.
Muitas empresas têm incentivado o trabalho voluntário para atuação nos mais diversos setores da sociedade – há sites específicos para cadastros de interessados e, a partir do perfil, são indicadas as possibilidades existentes. Esses canais funcionam como sites de emprego, mas na categoria voluntário e há grandes oportunidades.
Não raro, deparamo-nos com depoimentos de que recém-formados ou até mesmo outros profissionais encontram dificuldades no momento do preenchimento do currículo por não possuir EXPERIÊNCIA. O trabalho voluntário indica parceria entre quem o recebe e o executa, assim, a instituição pode legitimar essa relação e ambos saem ganhando!
Em Jales-SP, assim como em outras cidades circunvizinhas, há instituições sérias, filantrópicas ou não, que constituem arduamente parcerias semelhantes: há, inclusive, relatos inúmeros de pessoas que passaram a ser funcionárias após trabalhos voluntários. Setores como a saúde, educação, meio ambiente, tecnologia, serviços sociais carecem muito; há espaço para todos, o que não se pode é ficar feito a personagem de Ferreira Gullar: “estou na caridade da evolução do meu ser. Quero ser menina, encontro-me mulher... Quero ser mulher, vejo-me menina...”
É preciso decisão: é recém-formado, sem experiência e precisa alavancar a carreira profissional; é aposentado, sente só, o dia demora a passar? Que tal um trabalho voluntário?
Prof.ª Me. Alessandra Manoel Porto – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.