Não é raro ouvirmos que as empresas, dos mais diversos setores, precisam se reinventar a todo momento para sobreviverem no mercado extremamente competitivo e, por vezes, impiedoso. Conhecido como "Fabricante de Empresários”, Ricardo Majela afirma que “grandes experiências vêm do cuidado com os pequenos detalhes”. Podemos entender esse pensamento pela ótica mercadológica, institucional, administrativa e de forma integrada também, entretanto, não podemos negar que, por todas elas, a comunicação é elemento essencial, o que demanda um tipo de “gestão das palavras”.
Tanto a fala como a escrita não estão livres de ruídos (tudo aquilo que compromete a compreensão do que foi realmente dito pelo locutor). Daí a necessidade da “gestão das palavras” – quais escolher (já que temos tantas em nosso idioma) para uma situação X ou Y, quem irá comunicar e como será feito... Mas tudo isso deve ser pensado? Sim!
Antes da internet, as implicações quanto à má gestão das palavras demoravam mais para serem observadas, assim como os impactos deixados. Hoje, com a web a mil, não conseguimos “cercar” muita coisa, e, como diz o ditado popular “caiu na rede é peixe”, é preciso cuidar muito da comunicação.
Na empresa, a comunicação é constituída de duas vertentes. Há a externa, como os discursos de divulgação e venda, de reafirmação da identidade da organização, de viabilização documental com outras empresas, assim como a interna, tão cara no microambiente. Ela precisa estar alinhada tanto aos propósitos da organização como, ao mesmo tempo, ser aberta ao diálogo- a comunicação é uma via de mão dupla.
A comunicação interna pode acontecer entre os pares, da diretoria para os colaboradores (comunicação descendente) e dos colaboradores para o setor administrativo (comunicação ascendente), por exemplo – e cada uma delas tem importante papel em uma empresa, tanto que, se houver ruídos entre o emissor e o receptor, o objetivo planejado não será concretizado.
Nesse ambiente corporativo, a comunicação se materializa em forma de orientação, instrução, ordenança, advertência e até punição. Ela é dialógica, pois ninguém comunica sozinho – sempre há o EU e o OUTRO, seres humanos que precisam se comunicar, seres ideológicos, constituídos de pensamentos, crenças, culturas e posicionamentos que dão “vida”, ou não, às palavras.
Seja de modo mais formal ou não, a depender do contexto comunicativo (onde se fala, para quem se fala), a comunicação deve pautar-se pelo respeito – há, como já dito, um vasto repertório em nossa língua que até a “bronca” pode ser proferida por meio de palavras mais “amenas”, com polidez.
Na empresa, a gestão das palavras, durante o ato comunicativo, se entrelaça às características de seu GESTOR, ou seja, de quem lidera, delega as tarefas laborais diversas junto aos colaboradores – é a prática da comunicação interna. Desse modo, as instituições devem ancorar a comunicação em parâmetros legais, mas também humanizados, o que demanda profissionais cada vez mais bem preparados e com olhares para além do lucro. Nelson Mandela, líder africano afirma que “se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração”.
Prof.ª Me. Alessandra Manoel Porto – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.