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Um NOVEMBRO conectado à saúde masculina!

E eis que chega novembro, um Novembro Azul! Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA (2019), “o movimento Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina [...] inclusive em relação ao câncer de próstata”. Embora com grande divulgação, sensibilização e incentivo, nem sempre os índices indicam metas cumpridas de atendimento a esse público, monitoradas tanto pelo próprio INCA como pelo Ministério da Saúde. 

Discursos machistas nas rodas de conversa, nas anedotas, nos memes, enfim, têm interferido, negativamente, na procura pela rotina de exames essenciais aos homens a partir de 45 anos de idade. Diferentemente de muitas mulheres, que, ao se encontrarem em uma sala de exames ginecológico-preventivos, o cumprimento é natural, com direito, às vezes, até a trocas de receitas, dicas de moda e elogios aos filhos, muitos homens têm dificuldades, inclusive, do cumprimento cordial – como se estivessem em um ambiente “imoral” e “denunciativo” (sem dúvida, a sociedade tem muita culpa nisso com a ironia impregnada de geração em geração – “homem não chora, não tem medo, é corajoso...”).

O homem, apesar de ser considerado, ao longo da história, um ser “mais forte” em relação à mulher, destemido e valente, cresce, muitas vezes, extremamente vinculado aos cuidados maternos ou de quem assume esse nobre papel e, ao se casar, continua, em muitos casos, com essa “curadoria”, transferida à esposa (não se ofenda, a sociedade parece moldar esse padrão, é uma questão cultural). São papéis assumidos por mães e esposas que lhe dão contentamento ou que, pelo menos, não são concebidos como “fardos” (já estão constituídos nelas, kkkk), entretanto, causam tamanha dependência no homem, que, na ausência de monitoramento dessas “protetoras”, a rotina dos cuidados com a saúde é afetada, o que pode levar a complicações mais sérias.

Estatísticas apontam que o câncer de próstata foi responsável por 13,1% de óbitos em 2019, segundo o INCA (2021). Também de acordo com o Instituto, há cura para a doença quando diagnosticada precocemente, o que nos leva a entender que a visita regular ao médico pode salvar muitas vidas. Como sabemos, cada vez mais, a tecnologia tem auxiliado potencialmente nas ações preventivas e de tratamento, mas é preciso lembrar que o primeiro passo é nosso. 

Em uma conversa franca, até com pesquisas embasadas, consegue-se observar que o homem tem consciência da dimensão positiva do autocuidado e da rotina que deveria estabelecer, mas há muitos ruídos entre o que considera ser realmente prudente até a decisão do agendamento das consultas e exames rotineiros. Vivemos em uma sociedade ainda muito arraigada em práticas que não coadunam com o século XXI, entretanto, quando falamos em vida, alguns preconceitos e tabus precisam, urgentemente, ser quebrados. “Cuidar de si também é coisa de homem.”  (INCA, 2019)!

Finalizando e fortalecendo-nos nas palavras de Augusto Cury, “quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável”. Viva o Novembro Azul!

  

alessandra manoel porto 4Prof.ª Me. Alessandra Manoel Porto – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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