As redes sociais, como já sabemos, está se tornando uma ferramenta cada vez mais utilizada pelas pessoas e organizações em geral, como forma de aumentar a visibilidade e comunicação entre os envolvidos, gerando constantes impactos na sociedade. Contudo, sabemos também, que isso nos torna “vitrines” para os olheiros da internet, principalmente para as organizações.
De maneira direta ou indireta, as empresas fazem buscas sobre a vida pessoal dos funcionários, de modo a fazer ou questionar certos comportamentos em relação sua própria perspectiva de vida, na qual pode ser totalmente diferente da vida real: estilos de vida, meios sociais, relacionamentos, interesses políticos, interesses religiosos entre outros interesses particulares.
A forma como as pessoas usufruem das redes sociais podem causar impactos significativos na vida profissional e, consequentemente, pode gerar dificuldades ou limitar reconhecimento do indivíduo, mesmo que ele apresente habilidades e competências para exercer suas funções. O modo como nos apresentamos na web pode gerar opiniões distorcidas, relacionadas à responsabilidade profissional, à qualidade do serviço prestado dentro das organizações.
Com o avanço de novas ferramentas tecnológicas, as empresas buscam variadas formas de melhoria contínua e preservação de sua imagem para que se tenha um bom posicionamento no mercado em que atua. Por esses motivos, as empresas podem aderir a medidas de monitoramento como forma de precaver possíveis crises de imagem, evitando conflitos internos e externos.
Um exemplo prático, publicado pelo G1 (2023), a respeito de um jogo entre São Paulo e Flamengo, foi o de Marcelle Decothé, assessora da Ministra da Igualdade Racial no Brasil: fora exonerada de seu trabalho após publicar em seu Story a seguinte frase - “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade. Pior tudo de pauliste” – (trazia, ainda, a imagem representada por uma foto da torcida do São Paulo). De acordo com o Ministério Público, a publicação está em “desacordo” com os objetivos e políticas do órgão público, estando, portanto, incoerente com o que o Ministério que deveria defender e proteger, além, ainda, de associar uma representação antiética do órgão por meio de um funcionário.
Portanto, diante das possibilidades e riscos que conhecemos das redes sociais, é fundamental tomarmos consciência das consequências que podem ser causadas, precavendo não apenas a si próprio, mas também a organização na qual atua. Existe uma grande necessidade de as empresas serem cautelosas com sua imagem, já que o mundo digital é uma grande corrente de informações rápidas e cheias de ideologias diferentes.
As relações de empregador e empregado devem ser sempre mantidas com total responsabilidade, respeito e integridade. Agindo assim, as duas partes, de forma íntegra e civilizada, sem que exista a presença de ofensas depreciativas e pejorativas contra a honra de ambas, uma vez que o funcionário deixa de ser individual e passa a ser o coletivo da empresa.
Janaína de Sousa Silva – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Aluna do 5º ano de Gestão Empresarial da Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.