Nos últimos anos, o uso da tecnologia no ramo educacional em nosso país tem sido uma questão muito discutida. De um lado, há aqueles que acreditam ser ela uma ferramenta extremamente útil em sala de aula, pois melhora o desempenho dos alunos, agregando valor ao seu aprendizado. No entanto, há quem defenda que esse uso é inapropriado, visto que, por apresentar um universo imenso de informações “prontas”, não estimula a criatividade, a reflexão, etc.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação, em 2016, mais da metade das escolas (52%), incluindo públicas e particulares de todo o Brasil, já utilizavam o celular em atividades com os alunos. O estudo também buscou conhecer a percepção dos professores sobre o uso das tecnologias nas escolas, obtendo como resultado uma avaliação bastante positiva deles. A pesquisa também revelou que 77% dos docentes passaram a se comunicar com os estudantes mais facilmente e 94% garantem ter acesso a materiais didáticos mais diversificados e de melhor qualidade.
Mas não é somente no Brasil que a tecnologia vem ganhando espaço na educação. Em 2013, o Jornal da Globo acompanhou de perto a rotina de uma escola em Nova Iorque, Estados Unidos, que decidiu investir pesado em tecnologia. Lá, cada aluno possui um laptopou tabletoferecido pela própria escola, com acesso a um acervo gigantesco de livros digitais. As atividades e lições de casa são enviadas pelo laptopdo professor, e os alunos têm o direito de assistir às aulas ao vivo em casa, pelo computador, caso estes necessitem ausentar-se.
Segundo o professor da Universidade de Nova Iorque Jan Plass, especialista em mídia digital, “A tecnologia pode tornar temas abstratos reais, simulando dentro da sala de aula experiências nunca vividas, e pode ajudar a identificar e trabalhar especificamente os pontos fracos dos alunos”.
Atualmente, existem inúmeras ferramentas tecnológicas que, além de auxiliar os estudantes em suas dificuldades, são excelentes fontes de entretenimento, pois permitem que eles aprendam de uma forma muito mais descontraída, podendo ser utilizadas tanto dentro quanto fora das salas de aula. Como exemplo, citamos os jogos educacionais em forma de aplicativos para dispositivos móveis ou oferecidos por diversos sites como o Currículo+, que é mantido pelo Governo do Estado de São Paulo, além de ambientes virtuais de aprendizagem (Moodle)que possuem videoaula e exercícios para fixação do conteúdo aprendido, entre outras ferramentas.
Portanto, é perceptível o quão importante e útil é a tecnologia no âmbito educacional escolar. Ela pode tornar as aulas mais atrativas e mais interativas, o que justifica seu uso em mais da metade das escolas brasileiras e em escolas estrangeiras como dos Estados Unidos. Realmente a tecnologia possui certos malefícios, no entanto, basta que os alunos, com auxílio dos professores, por exemplo, saibam utilizá-la corretamente a fim de usufruírem dos benefícios que ela traz para superarem suas dificuldades, melhorarem suas capacidades intelectuais e se afastarem definitivamente da “analfabetização digital”.
Matheus Galbero Zanetoni
Discente do 2º semestre do Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Diurno).
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