O ano de 2020 exigiu que a educação procurasse alternativas para que o ensino e a aprendizagem não fossem tão prejudicados. Sem dúvida, a tecnologia foi uma parceira fundamental, permitindo que o ano letivo fosse concluído. Agora, no cenário de volta às aulas, a expressão "ensino híbrido" passou a ser amplamente utilizada e como algo “novo”, mas, na verdade, novos são os canais por onde esse ensino está sendo realizado, exigindo dos envolvidos habilidades distintas das tradicionais.
Híbrido quer dizer "misto, misturado". Assim, ensino híbrido é aquele que utiliza métodos distintos, realizando-se tanto de modo “remoto”, com propostas de estudo on-line, como de maneira presencial. Nele, o aluno, tão audaz nas façanhas com a tecnologia, precisa administrar o tempo sem, muitas vezes, a presença física do professor, usar o Wordem vez de somente redes sociais e cumprir prazos. Os docentes, em muitos casos sem giz e apagador, se reinventaram com a tecnologia (cá entre nós, a maioria do professorado não é da era tecnológica!).
Híbrido, portanto, no contexto educacional seria uma força tarefa do presencial e do remoto em prol à aprendizagem: é colocar tudo "junto e misturado", um pouco do que já deu e tem dado certo. É o presencial, com idas à escola e atendimento do professor, e o on-line, por meio das plataformas digitais, dos grupos de WhatsApp, dos canais de TV (muitos estados, inclusive o de São Paulo, criaram esse acesso, articulado ao uso de material impresso, com livros, eternos livros, e materiais didáticos criados pelas escolas).
É relevante ressaltar que, nessa metodologia híbrida de ensino, têm sido exigidas, de cada um de nós, envolvidos, ações protagonistas de autodeterminação, autogestão, resiliência e altruísmo, tudo isso sem deixar ninguém para trás. Antônio Carlos Gomes, consultor do Instituto Aytorn Senna, em um dos seus estudos, aborda o perfil necessário para o ser humano no século XXI: ser autônomo, solidário e competente – sem dúvida, árduos desafios para a educação.
Com o ensaio para a volta às aulas, ainda em tempos de pandemia, há a necessidade de um ensino híbrido mais “robusto” (há quem afirma que ele jamais será descartado), haja vista que as diferenças no nível de aprendizado serão gritantes, o que requer olhar para o outro sem julgamentos e promover uma flexibilização que favoreça todos os estudantes, a fim de capacitá-los para que o conhecimento avance. Totalmente novo não, mas a segunda década do século XXI exige que esse ensino híbrido seja mais voltado às reais necessidades dos alunos da pós-modernidade.
Prof. Me. Alessandra Manoel Porto – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Docente Fatec Jales – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.