As mídias sociais hoje, sem dúvida, são o maior meio de comunicação existente na humanidade. A facilidade com que expressamos e expomos conteúdos em sites, como Facebook, Twitter e outros, leva-nos a diversos questionamentos, como: podemos expor nossas opiniões como queremos, falando o que realmente pensamos, sem preocupação com questões éticas, ou devemos dosá-las, para que tenhamos a ética como cerne de nossos posts?
Segundo o site Brasil Escola (2015), a ética é o conjunto de valores que orientam o comportamento humano em relação aos outros homens na sociedade, para que haja o bem-estar comum. Com o surgimento das redes sociais, esse conceito tem ficado de lado por pessoas que se “protegem” no anonimato por ficarem atrás de uma tela de computador e que, por isso, consideram-se no direito de postar tudo o que pensam sobre diversos assuntos, sejam de teor nacional ou mesmo algo corriqueiro, utilizando, muitas vezes, ofensas e meios nada éticos para discorrer sua opinião.
Essa falsa sensação de imunidade inibe a timidez, fazendo com que pessoas se sintam no direito de fazer o que bem entendem, sem pensar nas consequências. Em 2011, por exemplo, a atriz Carolina Dieckmann teve fotos íntimas furtadas e divulgadas por um hacker nas redes sociais, o que gerou uma grande polêmica e repercussão nacional. Devido a essa falta de ética, foi criada em 2012 a Lei 12.737, que tipifica delitos/crimes informáticos.
Para se ter uma ideia da importância da ética nesse contexto digital, de acordo com o site Administradores.com (2015), muitas organizações, no momento da escolha de determinado candidato a colaborador, verificam suas mídias sociais para ver o tipo de conteúdo criado, o que serve até como critério de desqualificação, pois pode ser criada uma imagem negativa do candidato para a empresa.
Por isso, devemos utilizar as mídias sociais como meio de expressão de nossas opiniões e ideias, mas devemos fazê-lo de modo ético e com o uso da razão. Segundo o filósofo francês Focault, há uma espécie de lei do discurso – não falamos o que queremos, quando queremos e como queremos, pois sabemos que haverá consequências desse ato. A revolução tecnológica das mídias sociais é de fundamental importância para o crescimento da humanidade, mas não devemos deixar que a falsa sensação de imunidade nos faça esquecer que somos humanos e devemos ter a ética como parte de nossa existência.