É inegável que o hábito de investir tem se tornado uma prática cada vez mais frequente na rotina dos brasileiros, seja para garantir uma melhor qualidade de vida, seja para desfrutar de uma aposentadoria mais tranquila. Uma notícia amplamente debatida nesta semana, que trata do aumento de impostos em determinados tipos de investimentos, tem causado bastante polêmica, para dizer o mínimo.

O fato de haver aumento da tributação em investimentos como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), por exemplo, faz com que o poder de multiplicação desses investimentos apresente uma curva menos acelerada.

Essa não é uma discussão nova, tampouco será a última. O aumento da carga tributária em momentos de desaquecimento econômico geralmente tem como alvo o mercado financeiro — considerado vilão por algumas pessoas. Vale lembrar, no entanto, que o “mercado” somos nós, cidadãos comuns que pretendem alcançar maior independência financeira, seja individualmente, seja por meio de fundos previdenciários ou de qualquer outro produto disponibilizado pelas instituições financeiras.

Tais investimentos compõem o portfólio de pequenos investidores que visam à multiplicação de seu capital e à conquista de maior liberdade no futuro.

O aumento das alíquotas fará com que planos de aposentadoria e independência financeira sejam adiados ou, até mesmo, exigirá daquele que deseja ver seu dinheiro crescer mais rapidamente um estudo mais aprofundado sobre produtos mais rentáveis, que gerem maior retorno e que ainda não tenham sido alvo da chamada “tributação criativa”.

A pergunta que se impõe é: até que ponto o aumento da carga tributária pode impactar meus planos? Se a resposta for “impacto severo”, talvez seja o momento de buscar novos produtos de investimento que estejam mais alinhados com meus objetivos de longo prazo.

Tarefa difícil!

Prof. Dr. Leandro Arthur Pinto

Docente da Faculdade de Tecnologia “Professor José Camargo” – Fatec Jales